terça-feira, 3 de julho de 2007

Arquivo - XII TUIST

Foi num ambiente de festa e competição que decorreu o XII TUIST - Festival Internacional de Tunas da Cidade de Lisboa, no Coliseu dos Recreios, no passado fim-de-semana. Abrindo as suas portas na sexta-feira, a noite começou o desfile com a Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico (TUIST), actuando “em casa”, que abriu a sua actuação com um homenagem à Prof. Maria Calado e a Mafalda Arnauth (ver caixa).Depois da tuna organizadora, que terminou com uma “rapsódia” de vários clássicos da música portuguesa como o “Fado do Estudante” ou “A agulha e o dedal”, foi chamada ao palco a tuna madrinha - Tuna Académica do Liceu de Évora -, única no País do ensino secundário e uma das mais antigas, que ofereceu uma prenda aos afilhados do Instituto Superior Técnico: mais uma fita para o estandarte. A partir daqui, o palco ficou à disposição para as tunas a concurso, cabendo à Luz&Tuna da Universidade Lusíada a honra de começar o desfile musical. Com uma entrada e saída de palco bastante original e uma musicalidade excelente, onde além do tradicional “som” das tunas se destacou o uso de uma mini bateria e um “jogo” de vozes muito bom, os tunos da Lusíada aproveitaram os 25 minutos da sua actuação para fazerem uma homenagem a Zeca Afonso, falecido há 20 anos, e tocaram músicas de Luís Represas e Madredeus.No feminino Foi já depois de um breve intervalo, que a Estudantina Universitária de Lisboa (vencedora da edição de 2006 do festival) entrou em palco, apresentando, entre outras, uma versão muito interessante da “Tourada” de Fernando Tordo. Seguiu-se no alinhamento a Estudantina Universitária de Coimbra, com uma actuação “morna”, onde apenas se destacou a versão de “Abril em Portugal/Coimbra”. Para fechar a noite de Coliseu, a tuna afilhada dos organizadores - Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico - esteve em palco, extra concurso, com 30 elementos. De destacar a excelente voz de “Limão” (Ana Rita), que brilhou sempre que solou, principalmente na versão do clássico “Vocês Sabem Lá”.Durante as actuações das tunas, um “vídeo jockey” (VJ) manipulou imagens vídeo em tempo real, que eram projectadas na parte de trás do palco, juntando imagens previamente gravadas com outras captadas em directo. Entre a actuação de cada tuna, houve um espaço de rábulas a vários temas da actualidade, momentos da autoria de Vasco da Câmara Pereira.Depois do Coliseu, grande parte dos presentes rumou para a Av. 24 de Julho, onde o ponto de encontro era o “Mao”. Foi aqui que os elementos das tunas e amigos puderam conviver uns com os outros, sem a sombra da competição, pela noite dentro.Animação de RuaO segundo dia do Festival começou com uma serenata junto ao Campo Mártires da Pátria, pelas 15h00, para dinamizar esta zona da cidade de Lisboa e aproximar as tunas da população. Houve também tempo para um churrasco e para os caloiros da Tuna Universitária do Minho serem praxados. Este evento de rua contou com o apoio da Junta de Freguesia da Pena, da qual faz parte o Coliseu dos Recreios, uma das entidades que deu apoio à organização do XII TUIST.De volta ao Coliseu Foi depois do jantar, que se iniciou a segunda fase do festival, com o desfile das restantes tunas a concurso, com destaque para a Tuna Universitária del Distrito de Granada pela originalidade dos trajes usados. Esta tuna existe há mais de 400 anos e as suas roupas relembram Miguel de Cervantes e todo o imaginário à volta deste período. Seguiu-se a Tuna Universitária do Minho, que deu depois lugar à última tuna a concurso, a Tuna Universitária do Porto (TUP). Com 25 minutos ao melhor nível, a TUP veria o seu empenho premiado, depois de mais uma actuação da TUIST, quando o júri lhes atribuiu o prémio de vencedor do certame deste ano. Após a entrega dos prémios e feitos os respectivos agradecimentos, foi tempo de mais uma romaria até à Av. 24 de Julho para mais animação até altas horas, que permitiu o convívio e festejo dos vencedores deste festival.Até ao próximo FestivalDomingo à tarde, no Instituto Superior Técnico, houve uma churrascada de despedida de todos os tunos. Ficam as recordações de mais um TUIST e a vontade de se encontrarem em novos eventos onde possam trocar experiências. Para a Tuna Universitária do Porto, a certeza de para o próximo ano estarão presentes, uma vez que são sempre convidados os últimos vencedores. Os restantes ficam à espera de mais um convite da tuna do Instituto Superior Técnico para fazerem parte do cartaz de uma próxima edição.

Mafalda Arnauth emociona-se com homenagem

Mafalda Arnauth foi uma das homenageadas neste festival, sendo chamada ao palco pela TUSIT antes do início do espectáculo, tendo-lhe sido entregue uma fita e feita uma serenata, com a canção “Noites de Luar”. “Não estava à espera. Eles são sempre muito carinhosos comigo, foi um momento muito especial. Acho que vi passar os anos todos desde que entrei para a faculdade há minha frente. Fiquei anormalmente emocionada, o que é muito raro, talvez pela surpresa e por esse carinho genuíno que já não é uma coisa tão corrente” confessou a fadista. Sobre as tunas, Mafalda Arnauth sublinhou “a entrega pela música e pela arte que eles [tunos] perpetuam. Por isso, cada vez que os encontro volto a sentir essa espontaneidade e esse prazer em fazer música”. Acerca do XII TUIST, e em jeito de comentário, afiançou: “houve uma grande melhoria desde o último festival em que estive presente e em que era júri”. Para terminar, e em exclusivo para o NM, a fadista falou sobre o seu próximo trabalho. “Está neste momento a nascer e vai num excelente caminho, espero poder lançá-lo até ao final do ano ou no início do ano que vem”, revelou Mafalda Arnauth.

PrémiosTuna vencedora:
1.- Tuna Universitária do Porto
2.-Estudantina Universitária de Lisboa
3.- Luz&Tuna - Tuna da Universida Lusíada
“Canal Up” (votação online): Estudantina de Coimbra
Melhor pandeireta: Tuna Universitária do Minho
Melhor estandarte: Tuna Universitária do Minho
Melhor instrumental: Tuna Universitária del Distrito de Granada
Tuna mais Tuna: Tuna Universitária do Minho

[Publicado em 26-03-2007 no jornal Noticias da Manha]
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Arquivo - Antevisão XII TUIST

Este festival tem sido integrado no programa oficial da Semana da Juventude da Câmara Municipal de Lisboa, sendo notório o reconhecimento que lhe tem sido dado, visto que é considerado um dos melhores do género no nosso País. Trata-se de um espectáculo de elevado nível musical e cultural, conjugando o ambiente festivo - característico de um Festival de Tunas - ao rigoroso critério de selecção das Tunas presentes. Este ano são já certas as presenças de representações académicas provenientes do Minho, do Porto, de Coimbra, de Lisboa e de Granada (Espanha), além de a Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico e a Tuna Académica do Liceu de Évora também apresentarem os seus números, mesmo sendo extra-concurso. Claro está que a organizadora do evento, a Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico, abrirá e fechará o festival, com duas actuações.Presenças de pesoPara avaliar as Tunas participantes, e uma vez que o festival tem um carácter saudavelmente competitivo, foi convidado um júri composto por algumas personalidades do foro musical português. Em edições anteriores estiveram presentes, entre outros, Rui Veloso, Luís Represas, Mafalda Arnauth, Mafalda Veiga, Júlio Pereira, Simone de Oliveira e Mico da Câmara Pereira. Além do júri, esta edição do TUIST contará, também a nível simbólico, com a presença do Prof. Cavaco Silva, Eng. José Sócrates, Dra. Isabel Pires de Lima, Eng. Mariano Gago, Dr. Laurentino José Monteiro de Castro Dias e Eng. Carmona Rodrigues na comissão de honra.O XII TUIST será também um evento com um cariz solidário. Parte dos lucros do evento reverterão a favor de uma instituição de caridade (a definir). E espera-se que tais lucros sejam elevados, visto que se esperam cerca de seis mil pessoas, entre os dias 23 e 24 de Março, no Coliseu. “O preço dos ingressos ronda os 5 e os 12,5 euros, sendo que é certo um desconto de 10% para quem compre a entrada para os dois dias”, conforme nos revelaram Dionísio Sousa e João Fernandes respectivamente presidente e vice-presidente da tuna organizadora.Palavra de “tuno”Em conversa com o NM, os dois “tunos” abordaram o espírito do Festival Internacional, lembrando que se pretende que “este seja um evento da Cidade de Lisboa não ficando apenas centralizado no mundo Académico”. Assim se justifica a escolha do Coliseu: “tem dimensão suficiente para receber todos aqueles que queiram assistir a um bom espectáculo”, afiançam os responsáveis.E a mítica sala lisboeta terá, segundo nos garantem, “um espectáculo à altura”. “Não ouvirão apenas canções típicas como “A Mulher Gorda”, visto que algumas das tunas a concurso contam também com vários instrumentos de percussão. A ideia é que, sem modificar o estilo, se vão criando coisas novas”, lembram. Mas há mais: “durante o Festival estará presente um VJ que irá manipular imagens em tempo real que vão animar os intervalos entre a actuação de cada Tuna”, reforçam. Mas, claro, o garante de sucesso do Festival Internacional será a actuação de cada uma das tunas: “Serão 25 minutos de tempo de antena para mostrarem o seu melhor em termos musicais, estéticos, humor, afinação do solista e melhor instrumental”. A conversa está boa, mas os dois representantes da tuna organizadora têm ensaios e pormenores de última hora pela frente. Afinal de contas, não é todos os dias que se representa o espírito académica numa das históricas salas lusas e perante uma assistência de tão vasta representatividade. O palco é vosso…

Como erguer um Festival Internacional

Para que tudo saia bem a TUIST ensaia cerca de duas horas duas vezes por semana, isto em conjunto, é claro que depois cada um dos membros tem que fazer o seu “trabalho de casa”. Na tuna organizadora do festival, são cerca de 90 os participantes. Alguns deles já lá estão desde o início (14 anos) outros foram integrados há pouco mais de um mês. Dispondo de um orçamento próprio que provém em grande parte das actuações que fazem em diversos locais do país, os elementos da TUIST contam também com alguns patrocinadores e apoios institucionais, para manter a complexa máquina do Festival Internacional em funcionamento desde a organização até aos dias da realização do mesmo. São estes abnegados “tunos” que garantem a organização de um evento desta grandeza e que já obteve a distinção de ser considerado o Festival de Tunas da Cidade de Lisboa.

Parabéns a você

Apoiados por diversas Juntas de Freguesia da cidade de Lisboa, a Tuna do Técnico começou a comemoração do seu 14. aniversário no passado dia 8 de Março com uma serenata académica onde estiveram presentes algumas tunas representativas de Lisboa junto da Fonte Luminosa, na Alameda D. Afonso Henriques, para celebrar também o Dia Internacional da Mulher. Já no próximo dia 24, sábado, marcará presença durante a tarde num evento no Campo Mártires da Pátria para dinamizar a zona da freguesia da Pena (ao qual pertence o Coliseu dos Recreios).
[Publicado em 21-03-2007 no jornal Noticias da Manha]
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terça-feira, 22 de maio de 2007

Arquivo - "O Mundo" de Rodrigo Leão no Casino de Lisboa

Rodrigo Leão encantou o Casino de Lisboa com alguns dos seus êxitos. Além destes, o músico estreou ainda versões de temas de outras bandas como os Madredeus.
Nos três concertos no Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa, Rodrigo Leão reencontrou-se com o seu público para apresentar o álbum “O Mundo”. Acompanhado pelos Cinema Ensemble, o conhecido compositor intercalou temas novos com alguns “clássicos”.Baseando-se na colectânea “Mundo (1993-2006)”, Rodrigo Leão interpretou ao vivo os seus êxitos mais marcantes. Durante cerca de 90 minutos, as mais de 600 pessoas que lotaram o espaço em cada uma das noites, puderam reviver numerosas composições que fizeram a sua carreira. O cantor estreou também versões de outros temas como “Ascensão”, dos Sétima Legião, ou “Tardes de Bolonha”, dos Madredeus. No último trabalho “O Mundo”, o músico incluiu regravações de algumas das suas primeiras composições como “A Casa”, celebrizada por Adriana Calcanhoto, “Rosa”, cantada por Rosa Passos, ou “Pasión”, interpretada por Lura e Celina da Piedade.Grande destaque para Angela Silva que deslumbrou a plateia. Além desta cantora, Rodrigo Leão contou com a presença de Ana Vieira que cantou os temas em português e francês. “O Mundo” encerra um ciclo de sucessos discográficos do cantor, cuja última referência é “Cinema”, editado em 2004, trabalho que recebeu vários prémios em Portugal e no estrangeiro.Depois de uma passagem pelo Auditório dos Oceanos, o ano passado, Rodrigo Leão voltou ao Casino Lisboa para uma grande comunhão com o público que aplaudiu de pé o músico durante vários minutos no fim do espectáculo, obrigando-o a voltar para um encore com três músicas.
[Publicado em 19-03-2007 no jornal Noticias da Manha]

Arquivo - Nos bastidores do "Hora H"

Ídolo de infância para muitos portugueses, o humorista Herman José tem um novo desafio: "Hora H". O "NM" foi visitar os bastidores do programa de televisão e mostra-lhe o outro lado do ecrã.
Numa sala de uma família de classe média tradicional, os actores ensaiam mais um sketch do programa de televisão. Boa disposição é a palavra de ordem nos bastidores de “Hora H”. Os ensaios dos textos decorrem ao mesmo tempo que se acertam os pormenores técnicos de luz, som, enquadramento das câmaras, adereços e tudo o mais que vai completar a cena. Enquanto se faziam os últimos ajustes, deu tempo para Herman José ensinar um pouco de culinária, com a explicação de como fazer um bife tártaro que iria ser usado no “jantar”. Pelo meio, algumas anedotas que não podem ser reproduzidas e conversas de ocasião entre técnicos e artistas. Tudo sob o olhar atento do realizador José Cruz.Depois de gravada a cena que ficou “feita” com apenas dois takes, é tempo para a mudança de roupa dos artistas e alteração de cenários. Foi neste “intervalo” que o NM falou com os intervenientes nesta nova série cómica da SIC.
“Gravações divertidas”
A primeira pessoa a falar com o NM foi a experiente Ana Bola. “As gravações têm estado a ser muito divertidas, como sempre que se trabalha com o Herman”, revela. E apresenta-se: “tenho estado a fazer até agora duas personagens fixas, a Renata Raleiras (jornalista) e uma emigrante francesa, que é empregada de bar”. No que diz respeito às audiências, a actriz é peremptória: “apesar do horário a que é transmitido - demasiado tarde - acredito que temos em mãos um bom projecto com o regresso do Herman ao que ele melhor faz em televisão”. Por seu turno, o actor Manuel Marques considera que o “Hora H” e “Gato Fedorento” são “campeonatos diferentes”, revelando que o seu personagem favorito é o “Raposinho”, interpretado pelo Herman. “Ainda estamos todos a procura de entrar mais nos diversos papéis”, confessa.
Ambiente de trabalho elogiado
César Mourão é um estreante. “Trabalhar com Herman é fantástico, porque desde miúdo sou fã dele”, explica. E prossegue: “sinto-me ainda um pouco fora da realidade. Ser um estreante num elenco de luxo é chato, principalmente para eles [risos]”.O actor estreante não poupa elogios a toda a equipa. “Além de grandes profissionais são muito simpáticos e o ambiente de trabalho é extraordinário, aspectos positivos que influenciam as próprias gravações”, revela. E acrescenta: “superou todas as minhas expectativas, pois vim um bocado a medo e eles receberam-me da melhor maneira possível”. Maria Vieira, um dos rostos que há muito nos habituamos a ver ao lado de Herman José, partilha das mesma opinião. “Um dos dons do Herman é criar um bom ambiente de trabalho, o que neste programa não tem sido excepção e isso passa para os telespectadores”, disse a humorista, resumindo: “tenho dito que é um regresso ao passado, com os olhos postos no futuro. Há personagens que penso que vão criar grande empatia com o público como o personagem “Raposinho”, ou os ditos “beijinho bom” e “eu não engravidei ninguém”.Quanto às personagens que interpreta, Maria Vieira destaca a “Dona Coisinha”. “Já contribuí para a limpeza do estúdio, pois já rastejei por todo o lado [risos]”, conta, sublinhando: “como fico tanto tempo deitada no chão, começo a fazer abdominais de tal maneira que depois apetece-me ficar estendida, acabando por dar mais realismo à personagem”.
Está a ganhar qualidade, diz Herman
Foi enquanto vestia a pele de cozinheiro para o próximo “quadro”, que o NM trocou algumas palavras com o líder da equipa. “As gravações têm estado a correr muito bem”, revela Herman José. “A ausência de atritos e o ambiente de trabalho é de tal maneira agradável, que nos dá a sensação de que a qualquer momento alguma coisa pode correr mal”, brinca.O humorista confessa ser fã da “Hora H”. “Estive a ver o último programa que ficou pronto e adorei. Acho que, desde o quarto episódio, houve um grande salto qualitativo”, revelou.Habituado a ditar frases e a elaborar tiques da moda na interpretação das suas personagens, Herman não consegue, nesse âmbito, prever o futuro. “Apesar de alguns tiques começarem a ser usados pelas pessoas na rua é difícil prever quais serão os que vingarão, pois não é o tipo de coisa que se faça em laboratório”, avança.Ao seu lado, Maria Rueff reforça: “o ‘beijinho bom’ já anda por aí na boca das pessoas”.
Herman gosta dos “gatos”
A comparação com o “Gato Fedorento” não aflige Herman José. “É próprio do ser humano competir - por isso, é que o futebol ou outros desportos têm tanto sucesso - e neste campo artístico é muito subjectivo dizer quem faz melhor”, afirma, e dá como exemplo a pintura: “Picasso ou Dalí? Qual o melhor”.No entanto, o humorista diz gostar muito dos quatro “gatos”. “Foram meus autores durante vários anos e revejo-me naquilo que eles dizem e fazem”, recorda. Os olhos estão, contudo, postos no futuro. “Actualmente, estou a trabalhar com uma equipa de oito guionistas e eu também escrevo algumas coisas, as cantigas, por exemplo”, desvenda.Maria Rueff não gosta de falar em competição, nem das fracas audiências. “Sei bem o que isso é, porque já tive essa experiência com o “Programa da Maria”, apesar de hoje em dia continuar a ser um programa acarinhado pelo público, mas na altura foi um fracasso”, recorda a actriz, que garante: “este projecto está a ser feito com muito cuidado e foge um pouco ao comercial. Infelizmente, ainda não há em Portugal uma franja muito grande de público para estes produtos”. Apesar de tudo, Rueff faz um balanço positivo: “tem havido momentos óptimos”. E exemplifica: “o ‘Yuri’ interpretado pelo Herman está ao nível do melhor que se faz lá fora”.
A equipa que não se vê
Depois de deixar os camarins, o NM falou com alguns dos técnicos que trabalham diariamente nas gravações. “É um privilégio para qualquer profissional desta área trabalhar com um homem [Herman] desta dimensão e com esta capacidade de liderança”, revela Hugo Silva, assistente de realização. “Devido ao seu nível de exigência todos tentam superar-se. As pessoas em casa podem pensar que isto é fácil, mas são muitas horas de trabalho. Gravamos três vezes por semana, cerca de 12 horas por dia, para produzir 15 minutos de programa”, esclarece aquele técnico.Depois das gravações, as imagens entram em fase de pós-produção de áudio e vídeo, o que demora mais três dias, segundo António Simão, responsável por esta “máquina” bem “oleada”, que faz um programa por semana. Existe um avanço de dois programas em relação ao que está a ser exibido, para suprir qualquer eventualidade que surja.No total, a equipa de trabalho é de cerca de 70 pessoas para levar até nossas casas alguns dos “bonecos”, que, em breve, correm o risco de se tornarem clássicos como outros saídos da mesma “fábrica”.

[Publicado em 16-03-2007 no jornal Noticias da Manha]
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sábado, 19 de maio de 2007

Arquivo - Tony Carreira no Campo Pequeno

Sexta e sábado foram dias de romaria no Campo Pequeno. O culpado tem um nome: Tony Carreira, que presenteou o público com dois concertos com lotação esgotada.








Passavam poucos minutos das 18 horas de sexta-feira e já algumas dezenas de fãs de Tony Carreira aguardavam junto dos portões da Praça de Touros do Campo Pequeno para garantir um melhor lugar para ver o seu ídolo, no 3. concerto da tournée deste ano. Depois de Guimarães e Vila Real de Santo António, chegava a vez da capital presenciar duas noites de um bom espectáculo. Como já vem sendo hábito nestes concertos a produção é mais elaborada com muita atenção na parte visual, até porque estava a ser gravado para a TVI. Além da parte cénica também o “som” tinha proveniência em equipamento de topo, que aliado a óptima acústica do local, fazia prever uma noite em “cheio”. Com a abertura dos portões marcada para as 20 horas, a entrada das cerca de oito mil pessoas no recinto fez-se de uma maneira muito calma e organizada. O concerto apenas começou com 20 minutos de atraso em relação há hora prevista e nesta altura já estavam todos instalados.

País bem representado

Antes da música começar já era “grande” o ambiente com diversos cartazes a elucidar sobre a proveniência das espectadoras, com representações de todo o País. Quando as luzes se apagaram foi o delírio e instantes depois começavam os primeiros acordes das duas horas de concerto, que se baseou nas músicas do mais recente álbum “A Vida Que Eu Escolhi”. Os grandes “hits” de discos anteriores tais como “Sonhos de Menino” ou “Tu Levaste a Minha Vida” também não foram esquecidos. Para terminar e já como encore ficou a música que esta no genérico de uma novela da TVI “É Melhor (Dizer Adeus)”. Para a despedida ficou o sempre inevitável “Tudo Por Vocês”, que nada mais é que um sentido agradecimento ao seu público fiel. Pelo meio - e como é seu costume - interagiu com os fãs (maioritariamente femininas). “Agora vou namorar um pouco com o público” foi das frases que mereceu mais aplausos. Depois do concerto foi tempo de autógrafos e um cocktail para a imprensa, convidados e VIPs.De certo que algumas pessoas das que estiveram presentes, não vão perder o próximo concerto do cantor, dia 17 no Coliseu de Elvas. Essa a prova que o fenómeno “Tony Carreira” não pára… até porque esta foi “a vida que ele escolheu” …

[Publicado em 12-03-2007 no jornal Noticias da Manha]

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Arquivo - “Super Herman” hoje e amanhã no Casino Lisboa



Herman está de volta ao teatro. O regresso fortuito vai ter lugar hoje e amanhã no Casino de Lisboa, como foi explicado em conferencia de imprensa.

Segundo Paulo Dias (director da UAU), o convite para que Herman voltasse ao teatro já estava feito há alguns anos, visto que ele esteve durante algum tempo dedicado exclusivamente a televisão. Porém, em finais do ano passado e depois de um ultimato chegaram a um acordo.Assim nasceu “Super Herman”. Herman José acredita que a vida seja feita por ciclos e deu como exemplo a alternância entre os talk-show e os programas de humor que tem feito e relembrou os diversos espectáculos em que participava no Casino Estoril. Frisou que neste altura está completamente “apaixonado” pela sua “Hora H” e que quem continue a seguir o programa vai dentro em breve aperceber-se disso mesmo.O nome “Super Herman” foi uma sugestão de Paulo Dias. Herman gostou e diz que serve de pretexto para que utilize uma capa comprada em Paris que ele pensava custar 40 contos (200 euros) e quando se apercebeu tinha pago 400 contos (2000 euros). O adereço será usado no início do espectáculo para fazer uma imitação de Amália Rodrigues e também para cantar fado de Coimbra. Durante 90 minutos, vai ser possivel rever grandes “bonecos” desde o Sr. Feliz e Sr. Contente, Serafim Saudade, Maximiana, entre outros. O humorista aguça o apetite e revela que “vai estar em palco com a subtileza de um elefante numa loja de vidros”. Sobre a “Hora H” e a guerra de audiências com o “Gato Fedorento”, Herman referiu que apesar de há 10 anos o “Herman Enciclopédia” também ter perdido para a concorrência, pôs o País inteiro a utilizar expressões dele.

[Publicado em 07-03-2007 no jornal Noticias da Manha]
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Arquivo - Guns n' Roses




Os fans dos guns n’ roses têm mais uma data de referência, esta anunciado para o próximo dia 6 de Março o lançamento do tão aguardado Chinese Democracy, que desde 1996 espera ver a luz do dia, será que é desta que Axl Rose dá uma prenda a todos os que esperam ansiosamente. Neste ano que se comemora o 20º aniversário do lançamento do seu álbum de estreia “Appetite for destruction” (em 86 tinham lançado um ep em edição de autor com apenas 1000 copias), numa grande editora vale a pena lembrar um pouco a historia de uma banda que ficou conhecida como “a mais perigosa do mundo”!!
A história dos guns começa com Duff McKagan, baixista, que em 1981, já tinha um currículo considerável de bandas pelas quais havia passado em Seattle. Em 1982, McKagan através de um anúncio de jornal chegou a Slash e Steven Adler, entretanto Izzy Stradlin e Axl Rose tocavam numa banda com o nome de hollywood rose, cruzam o caminho de Duff. Axl, que também cantava nos LA guns (de Tracii Guns) começa a ter problemas com alguns integrantes das duas bandas. O vocalista resolve então juntá-las ,e é também da junção do nomes que surge o nome da nova banda. Estava completa a primeira formação dos guns n' roses: W. Axl Rose (vocais), Izzy Stradlin (guitarra), Tracii Guns (guitarra), Duff McKagan (baixo) e Robert Gardner (Bateria). Não demora muito para marcarem alguns concertos, porém, três dias antes do primeiro, Tracii e Robert abandonam a banda e sem outra alternativa, Duff convida os seus amigos Slash e Steven Adler para substitui-los.
No disco que chegou ao primeiro lugar de vendas nos Estados Unidos, onde permaneceu durante 100 semanas podemos ouvir alguns dos clássicos como a balada “Sweet Child o’mine” ou “Welcome to the Jungle” (ganhou um premio Mtv para melhor vídeo), mas polémicos como sempre enfrentaram o boicote de algumas lojas devido à capa, considerada demasiado violenta o que levou a que nalguns países fosse trocada por uma 2ª versão onde se via um crucifixo igual ao que Axl tem tatuado no braço direito.
Depois deste primeiro sucesso a editora lança em 1989 o álbum Lies, que conta com 4 musicas em formato acústico de onde se destaca “Patience” e junta as 4 musicas gravadas ao vivo em 86, novo sucesso e pela 1ª vez uma banda de hard-rock consegue ter 2 discos nas tabelas dos mais vendidos, a vida desregrada e o abuso de drogas quase custou a vida ao guitarrista Slash e mais tarde seria a causa da saída do baterista que foi substituído por Matt Sorum (ex Cult).
Já em 1991 lançam 2 álbuns independentes com os nomes de “Use your Illusion” I e II , onde aparecem baladas como “November Rain” ou “Don’t Cry” e musicas mais pesadas “You Could be Mine” ou “Coma” , estes dois discos dão origem a uma digressão que se prolongou por mais de 2 anos e que os levou a todo o mundo com uma passagem por Portugal em 1992 no antigo estádio José de Alvalade. Durante esta digressão foram gravando o álbum de covers “The Spaghetti Incident?” , com musicas de bandas punk e uma letra de Charlen Manson que aparecia como faixa escondida devido aos direitos de autor do serial killer não poderam ser pagos ao mesmo mas sim à família de uma das suas vitimas.
Finda a tournée a banda separou-se tendo Axl comprado todos os direitos sobre o uso do nome “Guns n’ Roses”, desde então que têm passado uma infinidade de músicos e datas para o novo disco, com uma passagem pelo festival Rock in Rio III em 2001 (Rio de Janeiro) e outra em 2006 (Lisboa) espera-se agora o “novo” disco a 6 de Março e usando uma frase da própria banda “use your illusions” …
[Publicado em 20-02-2007 no jornal Noticias da Manha]