terça-feira, 22 de maio de 2007

Arquivo - "O Mundo" de Rodrigo Leão no Casino de Lisboa

Rodrigo Leão encantou o Casino de Lisboa com alguns dos seus êxitos. Além destes, o músico estreou ainda versões de temas de outras bandas como os Madredeus.
Nos três concertos no Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa, Rodrigo Leão reencontrou-se com o seu público para apresentar o álbum “O Mundo”. Acompanhado pelos Cinema Ensemble, o conhecido compositor intercalou temas novos com alguns “clássicos”.Baseando-se na colectânea “Mundo (1993-2006)”, Rodrigo Leão interpretou ao vivo os seus êxitos mais marcantes. Durante cerca de 90 minutos, as mais de 600 pessoas que lotaram o espaço em cada uma das noites, puderam reviver numerosas composições que fizeram a sua carreira. O cantor estreou também versões de outros temas como “Ascensão”, dos Sétima Legião, ou “Tardes de Bolonha”, dos Madredeus. No último trabalho “O Mundo”, o músico incluiu regravações de algumas das suas primeiras composições como “A Casa”, celebrizada por Adriana Calcanhoto, “Rosa”, cantada por Rosa Passos, ou “Pasión”, interpretada por Lura e Celina da Piedade.Grande destaque para Angela Silva que deslumbrou a plateia. Além desta cantora, Rodrigo Leão contou com a presença de Ana Vieira que cantou os temas em português e francês. “O Mundo” encerra um ciclo de sucessos discográficos do cantor, cuja última referência é “Cinema”, editado em 2004, trabalho que recebeu vários prémios em Portugal e no estrangeiro.Depois de uma passagem pelo Auditório dos Oceanos, o ano passado, Rodrigo Leão voltou ao Casino Lisboa para uma grande comunhão com o público que aplaudiu de pé o músico durante vários minutos no fim do espectáculo, obrigando-o a voltar para um encore com três músicas.
[Publicado em 19-03-2007 no jornal Noticias da Manha]

Arquivo - Nos bastidores do "Hora H"

Ídolo de infância para muitos portugueses, o humorista Herman José tem um novo desafio: "Hora H". O "NM" foi visitar os bastidores do programa de televisão e mostra-lhe o outro lado do ecrã.
Numa sala de uma família de classe média tradicional, os actores ensaiam mais um sketch do programa de televisão. Boa disposição é a palavra de ordem nos bastidores de “Hora H”. Os ensaios dos textos decorrem ao mesmo tempo que se acertam os pormenores técnicos de luz, som, enquadramento das câmaras, adereços e tudo o mais que vai completar a cena. Enquanto se faziam os últimos ajustes, deu tempo para Herman José ensinar um pouco de culinária, com a explicação de como fazer um bife tártaro que iria ser usado no “jantar”. Pelo meio, algumas anedotas que não podem ser reproduzidas e conversas de ocasião entre técnicos e artistas. Tudo sob o olhar atento do realizador José Cruz.Depois de gravada a cena que ficou “feita” com apenas dois takes, é tempo para a mudança de roupa dos artistas e alteração de cenários. Foi neste “intervalo” que o NM falou com os intervenientes nesta nova série cómica da SIC.
“Gravações divertidas”
A primeira pessoa a falar com o NM foi a experiente Ana Bola. “As gravações têm estado a ser muito divertidas, como sempre que se trabalha com o Herman”, revela. E apresenta-se: “tenho estado a fazer até agora duas personagens fixas, a Renata Raleiras (jornalista) e uma emigrante francesa, que é empregada de bar”. No que diz respeito às audiências, a actriz é peremptória: “apesar do horário a que é transmitido - demasiado tarde - acredito que temos em mãos um bom projecto com o regresso do Herman ao que ele melhor faz em televisão”. Por seu turno, o actor Manuel Marques considera que o “Hora H” e “Gato Fedorento” são “campeonatos diferentes”, revelando que o seu personagem favorito é o “Raposinho”, interpretado pelo Herman. “Ainda estamos todos a procura de entrar mais nos diversos papéis”, confessa.
Ambiente de trabalho elogiado
César Mourão é um estreante. “Trabalhar com Herman é fantástico, porque desde miúdo sou fã dele”, explica. E prossegue: “sinto-me ainda um pouco fora da realidade. Ser um estreante num elenco de luxo é chato, principalmente para eles [risos]”.O actor estreante não poupa elogios a toda a equipa. “Além de grandes profissionais são muito simpáticos e o ambiente de trabalho é extraordinário, aspectos positivos que influenciam as próprias gravações”, revela. E acrescenta: “superou todas as minhas expectativas, pois vim um bocado a medo e eles receberam-me da melhor maneira possível”. Maria Vieira, um dos rostos que há muito nos habituamos a ver ao lado de Herman José, partilha das mesma opinião. “Um dos dons do Herman é criar um bom ambiente de trabalho, o que neste programa não tem sido excepção e isso passa para os telespectadores”, disse a humorista, resumindo: “tenho dito que é um regresso ao passado, com os olhos postos no futuro. Há personagens que penso que vão criar grande empatia com o público como o personagem “Raposinho”, ou os ditos “beijinho bom” e “eu não engravidei ninguém”.Quanto às personagens que interpreta, Maria Vieira destaca a “Dona Coisinha”. “Já contribuí para a limpeza do estúdio, pois já rastejei por todo o lado [risos]”, conta, sublinhando: “como fico tanto tempo deitada no chão, começo a fazer abdominais de tal maneira que depois apetece-me ficar estendida, acabando por dar mais realismo à personagem”.
Está a ganhar qualidade, diz Herman
Foi enquanto vestia a pele de cozinheiro para o próximo “quadro”, que o NM trocou algumas palavras com o líder da equipa. “As gravações têm estado a correr muito bem”, revela Herman José. “A ausência de atritos e o ambiente de trabalho é de tal maneira agradável, que nos dá a sensação de que a qualquer momento alguma coisa pode correr mal”, brinca.O humorista confessa ser fã da “Hora H”. “Estive a ver o último programa que ficou pronto e adorei. Acho que, desde o quarto episódio, houve um grande salto qualitativo”, revelou.Habituado a ditar frases e a elaborar tiques da moda na interpretação das suas personagens, Herman não consegue, nesse âmbito, prever o futuro. “Apesar de alguns tiques começarem a ser usados pelas pessoas na rua é difícil prever quais serão os que vingarão, pois não é o tipo de coisa que se faça em laboratório”, avança.Ao seu lado, Maria Rueff reforça: “o ‘beijinho bom’ já anda por aí na boca das pessoas”.
Herman gosta dos “gatos”
A comparação com o “Gato Fedorento” não aflige Herman José. “É próprio do ser humano competir - por isso, é que o futebol ou outros desportos têm tanto sucesso - e neste campo artístico é muito subjectivo dizer quem faz melhor”, afirma, e dá como exemplo a pintura: “Picasso ou Dalí? Qual o melhor”.No entanto, o humorista diz gostar muito dos quatro “gatos”. “Foram meus autores durante vários anos e revejo-me naquilo que eles dizem e fazem”, recorda. Os olhos estão, contudo, postos no futuro. “Actualmente, estou a trabalhar com uma equipa de oito guionistas e eu também escrevo algumas coisas, as cantigas, por exemplo”, desvenda.Maria Rueff não gosta de falar em competição, nem das fracas audiências. “Sei bem o que isso é, porque já tive essa experiência com o “Programa da Maria”, apesar de hoje em dia continuar a ser um programa acarinhado pelo público, mas na altura foi um fracasso”, recorda a actriz, que garante: “este projecto está a ser feito com muito cuidado e foge um pouco ao comercial. Infelizmente, ainda não há em Portugal uma franja muito grande de público para estes produtos”. Apesar de tudo, Rueff faz um balanço positivo: “tem havido momentos óptimos”. E exemplifica: “o ‘Yuri’ interpretado pelo Herman está ao nível do melhor que se faz lá fora”.
A equipa que não se vê
Depois de deixar os camarins, o NM falou com alguns dos técnicos que trabalham diariamente nas gravações. “É um privilégio para qualquer profissional desta área trabalhar com um homem [Herman] desta dimensão e com esta capacidade de liderança”, revela Hugo Silva, assistente de realização. “Devido ao seu nível de exigência todos tentam superar-se. As pessoas em casa podem pensar que isto é fácil, mas são muitas horas de trabalho. Gravamos três vezes por semana, cerca de 12 horas por dia, para produzir 15 minutos de programa”, esclarece aquele técnico.Depois das gravações, as imagens entram em fase de pós-produção de áudio e vídeo, o que demora mais três dias, segundo António Simão, responsável por esta “máquina” bem “oleada”, que faz um programa por semana. Existe um avanço de dois programas em relação ao que está a ser exibido, para suprir qualquer eventualidade que surja.No total, a equipa de trabalho é de cerca de 70 pessoas para levar até nossas casas alguns dos “bonecos”, que, em breve, correm o risco de se tornarem clássicos como outros saídos da mesma “fábrica”.

[Publicado em 16-03-2007 no jornal Noticias da Manha]
http://www.noticiasdamanha.net/

sábado, 19 de maio de 2007

Arquivo - Tony Carreira no Campo Pequeno

Sexta e sábado foram dias de romaria no Campo Pequeno. O culpado tem um nome: Tony Carreira, que presenteou o público com dois concertos com lotação esgotada.








Passavam poucos minutos das 18 horas de sexta-feira e já algumas dezenas de fãs de Tony Carreira aguardavam junto dos portões da Praça de Touros do Campo Pequeno para garantir um melhor lugar para ver o seu ídolo, no 3. concerto da tournée deste ano. Depois de Guimarães e Vila Real de Santo António, chegava a vez da capital presenciar duas noites de um bom espectáculo. Como já vem sendo hábito nestes concertos a produção é mais elaborada com muita atenção na parte visual, até porque estava a ser gravado para a TVI. Além da parte cénica também o “som” tinha proveniência em equipamento de topo, que aliado a óptima acústica do local, fazia prever uma noite em “cheio”. Com a abertura dos portões marcada para as 20 horas, a entrada das cerca de oito mil pessoas no recinto fez-se de uma maneira muito calma e organizada. O concerto apenas começou com 20 minutos de atraso em relação há hora prevista e nesta altura já estavam todos instalados.

País bem representado

Antes da música começar já era “grande” o ambiente com diversos cartazes a elucidar sobre a proveniência das espectadoras, com representações de todo o País. Quando as luzes se apagaram foi o delírio e instantes depois começavam os primeiros acordes das duas horas de concerto, que se baseou nas músicas do mais recente álbum “A Vida Que Eu Escolhi”. Os grandes “hits” de discos anteriores tais como “Sonhos de Menino” ou “Tu Levaste a Minha Vida” também não foram esquecidos. Para terminar e já como encore ficou a música que esta no genérico de uma novela da TVI “É Melhor (Dizer Adeus)”. Para a despedida ficou o sempre inevitável “Tudo Por Vocês”, que nada mais é que um sentido agradecimento ao seu público fiel. Pelo meio - e como é seu costume - interagiu com os fãs (maioritariamente femininas). “Agora vou namorar um pouco com o público” foi das frases que mereceu mais aplausos. Depois do concerto foi tempo de autógrafos e um cocktail para a imprensa, convidados e VIPs.De certo que algumas pessoas das que estiveram presentes, não vão perder o próximo concerto do cantor, dia 17 no Coliseu de Elvas. Essa a prova que o fenómeno “Tony Carreira” não pára… até porque esta foi “a vida que ele escolheu” …

[Publicado em 12-03-2007 no jornal Noticias da Manha]

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Arquivo - “Super Herman” hoje e amanhã no Casino Lisboa



Herman está de volta ao teatro. O regresso fortuito vai ter lugar hoje e amanhã no Casino de Lisboa, como foi explicado em conferencia de imprensa.

Segundo Paulo Dias (director da UAU), o convite para que Herman voltasse ao teatro já estava feito há alguns anos, visto que ele esteve durante algum tempo dedicado exclusivamente a televisão. Porém, em finais do ano passado e depois de um ultimato chegaram a um acordo.Assim nasceu “Super Herman”. Herman José acredita que a vida seja feita por ciclos e deu como exemplo a alternância entre os talk-show e os programas de humor que tem feito e relembrou os diversos espectáculos em que participava no Casino Estoril. Frisou que neste altura está completamente “apaixonado” pela sua “Hora H” e que quem continue a seguir o programa vai dentro em breve aperceber-se disso mesmo.O nome “Super Herman” foi uma sugestão de Paulo Dias. Herman gostou e diz que serve de pretexto para que utilize uma capa comprada em Paris que ele pensava custar 40 contos (200 euros) e quando se apercebeu tinha pago 400 contos (2000 euros). O adereço será usado no início do espectáculo para fazer uma imitação de Amália Rodrigues e também para cantar fado de Coimbra. Durante 90 minutos, vai ser possivel rever grandes “bonecos” desde o Sr. Feliz e Sr. Contente, Serafim Saudade, Maximiana, entre outros. O humorista aguça o apetite e revela que “vai estar em palco com a subtileza de um elefante numa loja de vidros”. Sobre a “Hora H” e a guerra de audiências com o “Gato Fedorento”, Herman referiu que apesar de há 10 anos o “Herman Enciclopédia” também ter perdido para a concorrência, pôs o País inteiro a utilizar expressões dele.

[Publicado em 07-03-2007 no jornal Noticias da Manha]
http://www.noticiasdamanha.net/

Arquivo - Guns n' Roses




Os fans dos guns n’ roses têm mais uma data de referência, esta anunciado para o próximo dia 6 de Março o lançamento do tão aguardado Chinese Democracy, que desde 1996 espera ver a luz do dia, será que é desta que Axl Rose dá uma prenda a todos os que esperam ansiosamente. Neste ano que se comemora o 20º aniversário do lançamento do seu álbum de estreia “Appetite for destruction” (em 86 tinham lançado um ep em edição de autor com apenas 1000 copias), numa grande editora vale a pena lembrar um pouco a historia de uma banda que ficou conhecida como “a mais perigosa do mundo”!!
A história dos guns começa com Duff McKagan, baixista, que em 1981, já tinha um currículo considerável de bandas pelas quais havia passado em Seattle. Em 1982, McKagan através de um anúncio de jornal chegou a Slash e Steven Adler, entretanto Izzy Stradlin e Axl Rose tocavam numa banda com o nome de hollywood rose, cruzam o caminho de Duff. Axl, que também cantava nos LA guns (de Tracii Guns) começa a ter problemas com alguns integrantes das duas bandas. O vocalista resolve então juntá-las ,e é também da junção do nomes que surge o nome da nova banda. Estava completa a primeira formação dos guns n' roses: W. Axl Rose (vocais), Izzy Stradlin (guitarra), Tracii Guns (guitarra), Duff McKagan (baixo) e Robert Gardner (Bateria). Não demora muito para marcarem alguns concertos, porém, três dias antes do primeiro, Tracii e Robert abandonam a banda e sem outra alternativa, Duff convida os seus amigos Slash e Steven Adler para substitui-los.
No disco que chegou ao primeiro lugar de vendas nos Estados Unidos, onde permaneceu durante 100 semanas podemos ouvir alguns dos clássicos como a balada “Sweet Child o’mine” ou “Welcome to the Jungle” (ganhou um premio Mtv para melhor vídeo), mas polémicos como sempre enfrentaram o boicote de algumas lojas devido à capa, considerada demasiado violenta o que levou a que nalguns países fosse trocada por uma 2ª versão onde se via um crucifixo igual ao que Axl tem tatuado no braço direito.
Depois deste primeiro sucesso a editora lança em 1989 o álbum Lies, que conta com 4 musicas em formato acústico de onde se destaca “Patience” e junta as 4 musicas gravadas ao vivo em 86, novo sucesso e pela 1ª vez uma banda de hard-rock consegue ter 2 discos nas tabelas dos mais vendidos, a vida desregrada e o abuso de drogas quase custou a vida ao guitarrista Slash e mais tarde seria a causa da saída do baterista que foi substituído por Matt Sorum (ex Cult).
Já em 1991 lançam 2 álbuns independentes com os nomes de “Use your Illusion” I e II , onde aparecem baladas como “November Rain” ou “Don’t Cry” e musicas mais pesadas “You Could be Mine” ou “Coma” , estes dois discos dão origem a uma digressão que se prolongou por mais de 2 anos e que os levou a todo o mundo com uma passagem por Portugal em 1992 no antigo estádio José de Alvalade. Durante esta digressão foram gravando o álbum de covers “The Spaghetti Incident?” , com musicas de bandas punk e uma letra de Charlen Manson que aparecia como faixa escondida devido aos direitos de autor do serial killer não poderam ser pagos ao mesmo mas sim à família de uma das suas vitimas.
Finda a tournée a banda separou-se tendo Axl comprado todos os direitos sobre o uso do nome “Guns n’ Roses”, desde então que têm passado uma infinidade de músicos e datas para o novo disco, com uma passagem pelo festival Rock in Rio III em 2001 (Rio de Janeiro) e outra em 2006 (Lisboa) espera-se agora o “novo” disco a 6 de Março e usando uma frase da própria banda “use your illusions” …
[Publicado em 20-02-2007 no jornal Noticias da Manha]

Arquivo - "All Stars" do Pop Rock Português

Quem no passado sabado se dirigiu ao Pavilhão Atlântico viu, numa ocasião, rara uma selecção da melhor música que se faz em Portugal.
















Rádio Macau, Jorge Palma, GNR, Pedro Abrunhosa e Xutos e Pontapés foram os convidados do concerto do passado dia 17, organizado pela revista Visão. Numa só noite e com actuações de cerca de 45 minutos cada, os grupos convidados foram apresentando o seu cartaz, tendo alguns optado por um “best of” da sua discografia. Os Rádio Macau tiveram a seu cargo iniciar o certame, apresentando as suas músicas mais conhecidas e brindando ainda pouco público presente com um inédito. Jorge Palma, bem disposto e inspirado, acompanhado pela banda de apoio “Os Demitidos”, subiu depois ao palco, apresentando os seus “clássicos” e algumas improvisações, como foi o caso da introdução de “Deixa-me rir”, onde utilizou “As time goes by”. Os terceiros da noite foram os GNR com Rui Reininho muito comunicativo com o público e extrovertido “qb”, com umas “tiradas” de samba a lembrar que estávamos no sábado de Carnaval.

Abrunhosa faz público reagir
O relógio já passava da meia-noite quando Pedro Abrunhosa abriu o seu “alinhamento” com uma versão muito “pesada” de “Tudo o que eu te dou”, de gosto algo duvidoso e que talvez não tenha agradado a muitos dos presentes. Depois entrou em velocidade de cruzeiro com as suas canções mais conhecidas, deixando para o final “Lua” e uma canção com cerca de um ano dedicada ao travesti “Gisberta”, assassinado o ano passado no Porto. Na introdução deste inédito, Abrunhosa recorreu a um discurso algo político com referências às “divisões norte-sul” em Portugal, tendo mesmo mandando calar o publico que aplaudia e vaiava o Porto com um sonoro “deixam-se de palhaçadas”.
Rui Veloso e Xutos no encerramento
Já a noite ia avançada quando Rui Veloso tomou conta do palco com o seu “Ar de rock”, disco que baseou todo o concerto com excepção da despedida, que ficou reservada para “Paixão, segundo Nicolau da viola”, do seu disco “Mingos e samurais”.A banda mais aguardada da noite começou a actuar por volta das 02h15, iniciando o seu desfile de “clássicos” com os “Contentores” e “oferecendo” ao público “É tão fácil”, uma nova que contou com a participação do percussionista de Rui Veloso e de um trompetista. Aos Xutos e Pontapés, ficou apenas a faltar a “Casinha”, mas, em compensação, quem aguentou as 6 horas do espectáculo foi brindado com uma versão de “Venham mais 5” de Zeca Afonso, em género “All Stars”, cantado e tocado por quase todos os músicos que já tinham estado em palco.
[Publicado em 19-02-2007 no jornal Noticias da Manha]